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A vida e a luta de Marçal de Souza Tupã'i

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Isabel Harari, Gustavo Rubio e Tatiane Klein

Há 32 anos foi assassinado uma dos principais líderes do povo Guarani Ñandeva: Marçal de Souza Tupã'i. Por lutar pelo direito dos indígenas à terra, Marçal foi vítima de uma emboscada no dia 25 de novembro de 1983, no município de Antônio João, Mato Grosso do Sul. Ninguém foi punido.

Em Mato Grosso do Sul, onde vivem os Guarani Kaiowá e os Guarani Ñandeva, os conflitos fundiários compõem um quadro de graves violações de direitos humanos, que ganha contornos de genocídio e leva os indígenas a retomar seus territórios – chamados de tekoha.

Em discurso histórico ao Papa João Paulo II, em 1980, Tupã’i denunciou: "Nossas terras são invadidas, nossas terras são tomadas, os nossos territórios são invadidos. Dizem que o Brasil foi descoberto. O Brasil não foi descoberto não, o Brasil foi invadido e tomado dos indígenas do Brasil. Essa é a verdadeira história".

Quase nada mudou desde então. Nesse ano de 2015, entre agosto e setembro,cinco comunidades guarani kaiowá foram violentamente atacadas por pistoleiros, causando a morte de outra liderança, Simião Vilhalva. Simião foi assassinado no mesmo local que em que Marçal está enterrado.

Infelizmente, Marçal não foi o primeiro, Simião não será o último – mas os Guarani continuam sua luta. Veja a linha do tempo feita pela equipe do Povos Indígenas no Brasil e relembre essa história.

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