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Guarani e movimentos sociais protestam contra ruralistas em frente à Assembleia Paulista

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Cerca de 400 pessoas pararam a av. Pedro Álvares Cabral, em São Paulo, para protestar contra medidas e propostas anti-indigenas. Eles colocaram bandeiras e faixas no Monumento aos Bandeirantes
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Cerca de 300 indígenas guarani realizaram, na tarde desta sexta-feira (06/06), um ato contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), onde ocorria uma audiência pública sobre o projeto, organizada por integrantes da bancada ruralista. A manifestação teve apoio de quase 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) de São Paulo, além de representantes do Movimento Passe Livre São Paulo e do Comitê Popular da Copa (SP).

Os manifestantes fecharam a Av. Pedro Alvares Cabral, carregando bonecos e cartazes com o rosto de políticos ligados ao agronegócio, entre eles a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, eleito o "Racista do Ano" pela organização britânica Survival International. Heinze fez declarações contra índios, negros e homossexuais registradas em audiência pública em dezembro de 2013, quando afirmou que esses grupos são "tudo o que não presta” (saiba mais). O ato terminou de forma pacífica em frente ao Monumento às Bandeiras, onde os Guarani já protestaram outras vezes (leia mais) (veja fotos na galeria abaixo).

Além da luta contra a PEC 215 e todas as medidas que visam paralisar as demarcações de Terras Indígenas no país, os manifestantes também reivindicam do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a assinatura das portarias declaratórias das Terras Indígenas Tenondé Porã e Jaraguá, na Grande São Paulo. Eles também protestam contra uma decisão de reintegração de posse concedida pela Justiça contra os Guarani que habitam hoje a região conhecida como Pico do Jaraguá. Também anunciaram apoio contra medidas de criminalização dos movimentos sociais e enfraquecimento da reforma agrária.

No manifesto divulgado pela Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), organização indígena que convocou o protesto, os indígenas conclamam os movimentos sociais do campo e da cidade para unirem-se na formação de uma Frente Antirruralista (leia o manifesto). O texto associa os ruralistas aos bandeirantes, conhecidos por terem promovido o assassinato e a escravização em massa de vários povos indígenas, especialmente dos Guarani.

Para saber mais:

http://campanhaguaranisp.yvyrupa.org.br
https://www.fb.com/yvyrupa
http://www.yvyrupa.org.br

Com informações do Centro de Trabalho Indigenista (CTI)
ISA
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