Monitorar a restauração com indicadores ecológicos é fundamental para assegurar que sejam gerados benefícios duradouros para a sociedade e a natureza
Elaborada com o objetivo de contribuir com o monitoramento do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN-PA), a Nota Técnica “Recomendações para o Monitoramento da Recuperação da Vegetação Nativa do Pará”, foi entregue à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará – SEMAS/PA no dia 16 de setembro.
Assinado por Aliança pela Restauração na Amazônia, Redário, Caminhos da Semente, Projeto Regenera e Centro Capoeira, o documento propõe diretrizes para a construção de um protocolo estadual de monitoramento em campo, com indicadores e métricas capazes de avaliar o desempenho ecológico da restauração, independente da metodologia adotada, como etapa essencial para o alcance da meta estadual de restaurar 5,6 milhões de hectares até 2030.
Às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 - COP30, prevista para ocorrer entre 10 e 21 de novembro na capital paraense, a Nota Técnica chama a atenção para compromisso assumido pelo Brasil de restaurar 12 milhões de hectares até 2030 e que essa meta está ancorada em leis e políticas públicas nas diferentes esferas de governo.
Baseado nas Recomendações para o Monitoramento da Restauração na Amazônia, publicação da Aliança pela Restauração na Amazônia de 2022, o documento, recebido pela diretora de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais, Indara Martins Aguilar Roumié, destaca a necessidade de o Pará estabelecer normas estaduais de monitoramento que integrem métodos de campo e sensoriamento remoto, garantindo a qualidade dos resultados.
“Tais medidas são fundamentais para assegurar governança, segurança técnico-jurídica e adesão social, além de criar condições favoráveis para atrair investimentos e garantir que a restauração gere benefícios duradouros para a sociedade e a natureza”, diz o documento.
“A Nota reforça as recomendações da Aliança de 2022, fruto de um processo rico e participativo que envolveu muitas organizações e pessoas especialistas, e nos coloca à disposição de auxiliar a Semas-PA nos próximos passos”, explica Danielle Celentano, técnica do Instituto Socioambiental (ISA) e uma das autoras da nota entregue à SEMAS/PA durante o workshop de Planejamento e Monitoramento da Recuperação Florestal do Pará (PRVN).