A atividade integrou as comemorações dos 100 anos de fundação da Biblioteca Mário de Andrade, e proporcionou vivência para restauração socioambiental
No dia 25/10, a Praça Dom José Gaspar, no centro de São Paulo, próxima à sede do Instituto Socioambiental (ISA), recebeu a intervenção “muvuca de sementes”. Os participantes puderam vivenciar a técnica inspirada nos conhecimentos dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais que está ajudando a reduzir os impactos da crise climática.
A atividade integrou o 5º Festival Mário de Andrade, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de outubro, como parte das comemorações dos 100 anos de fundação da biblioteca.
O objetivo da intervenção foi mostrar a quem passou pela praça como acontece o processo de restauração que utiliza uma mistura de sementes nativas coletadas por redes de sementes de todo o país e que não utiliza outra irrigação a não ser a da chuva.
Ipê, urucum, jatobá, boleira, amendoim-bravo e tantas outras espécies foram vistas e sentidas por quem passou pela praça. As pessoas puderam também distribuí-las sobre a lona azul e misturá-las.
Fazer e ser a muvuca de sementes
Ao final, adultos e crianças levaram uma “poção de muvuca” para casa e vão poder observar como a mágica da sucessão ecológica acontece.
Mas teve quem revelou ter outros planos para a “muvuca” que estava levando. A professora Selma Martins, da CEI Vereador Homero Domingues da Silva, por exemplo, disse que vai compartilhar com seus alunos,
“Achei muito interessante e quero fazer muvuca na escola. Assim, as crianças vão aprender desde cedo como a sementes é importante para a preservação dos ecossistemas, da flora, da fauna e da biodiversidade”, afirmou.
Muvuca
Mistura de sementes de diversos ciclos de vida que são lançadas ao solo de uma só vez, de forma manual ou mecanizada, para desencadear o processo de sucessão ecológica.
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