Encontro no espaço Floresta no Centro, na capital paulista, reúne seis mulheres-biomas da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga)
No próximo dia 30 de janeiro, terça-feira, às 19h, seis integrantes da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) se reúnem em São Paulo (SP) para uma roda de conversa sobre o movimento de mulheres indígenas, as lutas que protagonizaram nos últimos anos e suas perspectivas para o próximo período.
Braulina Baniwa, mestra em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB), cofundadora da Articulação Brasileira de Indígenas Antropóloges (ABIA) e cofundadora da Anmiga; Joziléia Kaingang, doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cofundadora e coordenadora da Anmiga; Shirley Krenak, coordenadora do Instituto Shirley Djukurnã Krenak e cofundadora da Anmiga; Keila Guajajara, jornalista e coordenadora de comunicação na Anmiga; Jaqueline Kuña Aranduha, povo Guarani Kaiowá, cofundadora da Anmiga; e Lucimara Patté, do povo Xokleng, bacharel em Direito e cofundadora da Anmiga, compartilharão suas experiências no bate-papo, que contará com a mediação da jornalista Bianca Santana.
O encontro acontecerá na loja Floresta no Centro, do Instituto Socioambiental (ISA), em São Paulo (SP), e a participação será gratuita.
Organizada pelo Programa Povos Indígenas no Brasil, do ISA, a mesa “Mulheres indígenas em luta” explorará ainda as possíveis alianças entre as lutas das mulheres indígenas e de outros movimentos de mulheres, além dos caminhos para a valorização e visibilidade de pautas prioritárias para mulheres indígenas – como participação política, combate à violência de gênero, saúde e educação diferenciadas.
Articuladora da Marcha das Mulheres Indígenas, a Anmiga é uma organização de mulheres originárias dos seis biomas do País – Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. Por meio de uma construção coletiva, elas buscam fortalecer a luta pelo bem viver e por seus territórios, a partir do protagonismo das mulheres e da valorização de seus saberes tradicionais.
A Marcha, criada em 2020, chega em sua quarta edição em 2024 já consolidada como a maior mobilização de mulheres indígenas do País, levando mais de oito mil pessoas às ruas de Brasília por mais representatividade política e pelo fim da violência de gênero.
Essas e outras mobilizações de mulheres indígenas foram tema de destaque no livro Povos Indígenas no Brasil 2017-2022, do ISA, que, além de um encarte temático, também traz dados sistematizados sobre as organizações de mulheres indígenas – resultado de um mapeamento feito pelo ISA em 2020.
Sobre as participantes
Mestra em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB), Braulina Baniwa é co-fundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), cofundadora da Articulação Brasileira de Indígenas Antropóloges (ABIA).
Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joziléia Daniza Jagso é indígena mulher do Povo Kaingang. Cofundadora e coordenadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga). Enquanto liderança indígena do Povo Kaingang, fez parte da equipe de construção do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) no Gabinete da Ministra e enquanto Secretária Nacional de Articulação e Promoção dos Direitos Indígenas.
Coordenadora do Instituto Shirley Djukurnã Krenak, Shirley, do povo Borum Krenak do leste de Minas Gerais, desenvolve diversos projetos educacionais e de fomento à cultura indígena. Shirley Krenak também é cofundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga).
Mulher Indígena do Povo Guajajara, Mãe, Jornalista por formação, Mulher Semente e Coordenadora de Comunicação da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga).
Jaqueline Kuña Aranduhá, do povo Guarani Kaiowá, é cientista social pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Ela também é cofundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e integrante da Kuñangue Aty Guasu.
Mulher indígena do Povo Laklãnõ/Xokleng, do Bioma Mata Atlântica. Lucimara Patté é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e cofundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga).
Doutora em ciência da informação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Bianca Santana é jornalista e autora de “Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro (Companhia das Letras, 2021)” e “Quando me descobri negra (SESI-SP, 2015. Fósforo, 2022)”.
Mediação: Bianca Santana
Doutora em ciência da informação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Bianca Santana é jornalista e autora de “Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro (Companhia das Letras, 2021)” e “Quando me descobri negra (SESI-SP, 2015. Fósforo, 2022)”.
Serviço
Evento: Roda de conversa: Mulheres Indígenas em Luta
Data: Terça-feira, 30 de janeiro de 2024
Horário: 19h
Local: Loja Floresta no Centro, no 2º piso da Galeria Metrópole - Av. São Luiz,187 - Centro, São Paulo - SP